Seis prisioneiros condenados e presos por delitos menores. Por contingências financeiras a prisão tem que libertar um. Todos solicitaram liberdade condicional. Que prisioneiro soltar? Ou antes, primeira forma: A qual dos seis prisioneiros deverá ser dada uma oportunidade de retomar o seu rumo em liberdade? E porque razão?
Perante uma necessidade de escolha deste teor o dilema que se coloca é, na sua essência, ético. Mais do que julgar moralmente os actos que cometeram (todos já foram julgados e condenados e cumprem a pena sentenciada em tribunal), penso que importa reflectir sobre a justiça relativa da própria oportunidade de liberdade… e aqui pesará acima de tudo o modo como sentimos o valor da liberdade e como acreditamos no potencial de cada ser humano para aprender com os próprios erros, e eventualmente com o modo como filtramos as grelhas morais que nos rodeiam e condicionam muitas vezes os padrões éticos que assumimos como válidos. Uma das premissas éticas em que se fundamenta o meu conceito de liberdade é a seguinte: A liberdade é uma condição intrínseca da cidadania e como tal ser livre implica ser cidadão a par com os outros e ser livre para participar e construir, a par com os outros.
Assim, coloco-me novamente a questão: Qual destas pessoas penso que possa vir a aproveitar esta oportunidade de liberdade de um modo mais “justo” (não num sentido de justiça individual mas no sentido primordial de justiça para com a sociedade que lhe oferece tal oportunidade)?
Neste sentido, penso que a Maria, apesar de mentalmente instável, merece uma oportunidade, ainda que uma oportunidade de sair em liberdade mas com a garantia de ser acompanhada por profissionais que a ajudem a resolver os problemas de foro psicológico e emocional com que se debate e que julgo que só se agravarão num ambiente de violência emocional, e frequentemente física, que caracteriza a vivência na prisão. Trata-se de uma oportunidade em que quem liberta o faz de modo também ele responsável e consequente. Uma situação de liberdade com ajuda médica para que consiga alcançar o equilíbrio que lhe permitirá usufruir verdadeiramente de uma situação de liberdade… dedicar-se ao papel de mãe e ser uma pessoa socialmente integrada, activa e participativa.
Mare Nostrum
Somos um, somos unidos
e juntos vamos lutar
pra levar este navio
a um bom porto chegar
Na primeira estamos juntos
e aqui vamos ficar
orgulhosos, destemidos
Portugal vamos Honrar
O destino que escolhemos
serve na terra e no mar
lutamos pela bandeira
de uma força singular
e juntos vamos lutar
pra levar este navio
a um bom porto chegar
Na primeira estamos juntos
e aqui vamos ficar
orgulhosos, destemidos
Portugal vamos Honrar
O destino que escolhemos
serve na terra e no mar
lutamos pela bandeira
de uma força singular
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
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