O estranho e bizarro acontecimento que marca o falecimento da personagem Anabela, sucede na continuação de encontros, desencontros, amores e desamores. Na minha opinião, a morte de Anabela foi obra premeditada com grande frieza e calculismo, quase a roçar a perfeição.
Mas como não existe nenhum crime perfeito, o homicídio de Anabela acaba por ser mais um caso com pontas soltas que ficaram encobertas por um véu de ligações dúbias e sombrias. Ninguém deu importância ao passado do noivo bancário que na sua relação anterior, havia partilhado um período significativo da sua vida com uma mulher que estava intimamente ligada ao universo do oculto e do esoterismo.
Após investigação aprofundada, concluiu-se ainda, que a referida mulher liderava um grupo referenciado e associado à prática de magia negra. Daqui se poderá concluir que talvez por uma questão de ciúmes ou vingança, esta mulher que era apelidada de “noiva negra”, terá planeado o homicídio de Anabela.
O pseudónimo de “noiva negra” advém do facto desta mulher estar relacionada com vários homicídios que ficaram por resolver, por falta de provas circunstanciais. Eram casos que apontavam sempre para uma noiva infiel que, poria fim à sua própria vida, por motivos passionais.
Neste caso específico, a “noiva negra” terá usado o método da sugestão subliminar remota que consiste na execução de tarefas sugeridas à distância, através de objectos pessoais do indivíduo a sujeitar ou submeter a esta prática.
O que veio a deslindar este caso e chamou a atenção dos agentes de Sauron, foi o descuido e o desleixo da “noiva negra” que falhou, ao ter contactado o bancário na altura que antecedeu o suposto suicídio. Deste contacto, aferiu-se que foi tudo um embuste, uma trama encenada pelo próprio noivo de Anabela que, descobriu a paixão e amor paralelo de Anabela com Tó Jó.
O bancário decidiu recorrer então à sua anterior amante, para dar seguimento a esta acção premeditada e calculada ao pormenor, envolvendo-se assim, numa vingança com recurso a um universo desconhecido por muitos, na esperança de que pudesse sair impune.
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