Anabela.
Na manhã seguinte o bancário acordou sozinho. Não precisou de falar com a Anabela para saber o que se tinha passado. Os gemidos, que ouvira na noite anterior, eram mais do que esclarecedores. Todos os moradores comentariam o sucedido, a humilhação seria terrível. Naquele momento só conseguia vislumbrar uma saída. Desaparecer para sempre, sem deixar rasto, sem dizer nada a ninguém, sem explicações e sem ter que suportar olhares de soslaio.
Enquanto estas ideias fervilhavam, a uma velocidade estonteante na sua cabeça, Anabela entra no apartamento. O seu rosto espelhava o terror e a incredulidade. Como fora capaz de pôr o seu futuro em risco? Quem sabe para sempre perdido? Como? Por causa daquele…Nunca mais! A raiva de Carlos soltou-se, como se de uma caixa de Pandora se trata-se, espalhou-se como um cheiro fétido. Não tinha controlo sobre si, sobre as suas emoções, sobre o seu corpo. Anabela permanecia estática, parecia feita de gelo e parecia ler cada pensamento de Carlos, como se de um teleponto se trata-se. As suas bocas não se abriram para emitir sequer um som, só os olhos e corpo falavam sem parar. Anabela num acto de desespero corre na direcção de Carlos. Durante milésimos de segundo, dezenas de decisões, ideias e pensamentos trespassaram o cérebro de Carlos. Os seus neurónios pareciam uma árvore de Natal…a indecisão … abraçar, …afastar, …sim, … não! Anabela quase tocou no seu corpo, no último momento, os braços de Carlos Alberto esticaram-se, quase que involuntariamente, o seu corpo rodou 45º… o suficiente para Anabela ser violentamente projectada. O seu corpo não encontrou nenhum obstáculo, limitou-se a continuar a cair, a janela do apartamento tinha sido deixada aberta! Anabela esticou os braços, com as mãos encrespadas à procura de alguma coisa, de ajuda. Carlos estava incrédulo, nem se mexeu do sítio onde se encontrava. Anabela caiu no vazio… sem homicídio, …sem suicídio, …sem remorsos. O corpo estava voltado de barriga para cima e um inusitado sorriso permanecia afivelado no seu rosto já macilento.
Mare Nostrum
Somos um, somos unidos
e juntos vamos lutar
pra levar este navio
a um bom porto chegar
Na primeira estamos juntos
e aqui vamos ficar
orgulhosos, destemidos
Portugal vamos Honrar
O destino que escolhemos
serve na terra e no mar
lutamos pela bandeira
de uma força singular
e juntos vamos lutar
pra levar este navio
a um bom porto chegar
Na primeira estamos juntos
e aqui vamos ficar
orgulhosos, destemidos
Portugal vamos Honrar
O destino que escolhemos
serve na terra e no mar
lutamos pela bandeira
de uma força singular
domingo, 25 de janeiro de 2009
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