Mare Nostrum

Somos um, somos unidos
e juntos vamos lutar
pra levar este navio
a um bom porto chegar

Na primeira estamos juntos
e aqui vamos ficar
orgulhosos, destemidos
Portugal vamos Honrar

O destino que escolhemos
serve na terra e no mar
lutamos pela bandeira
de uma força singular

sábado, 24 de janeiro de 2009

Amar demais...

O que dizer?
Ele dava-lhe tanto... To Jo no seu metro e oitenta e seis de corpo escultural, musculado e definido, com os seus braços fortes, o seu queixo anguloso, era um "tanto" a que Anabela não sabia como retribuir, como responder, como reagir.
Nem mesmo o relacionamento de farsa que mantinha com Carlos Alberto conseguia por infames momentos apagar ou dissimular o sentimento de Anabela por To Jo.
Era uma questão de instinto, de química e física a que ambos não conseguiam resistir, sucumbindo a tentação.
Foi o que sucedeu naquela noite, naquela fatídica noite de despedida de solteira na discoteca Monnlight.
Anabela e To Jo terminaram a noite no apartamento de Anabela onde, como sempre, Anabela sucumbira aos encantos demasiado perfeitos e extremamente insuportáveis de To Jo.
Anabela, emocionalmente instável, tinha alcançado um ponto de ruptura...
Não sabendo como reagir perante tal sentimento que já lhe havia moldado a vida e apropria alma, Anabela reconheceu para si mesma que somente a morte poderia por termo a tal angustia, a tal sufoco...
Mas... E To Jo?
Que linha conduziria o seu pensamento? Estaria ele confortável consigo mesmo? Com a sua vida? Com o facto de Anabela ("a sua Anabela") não ser mais sua?
Estar diariamente ao alcance da sua vista, tão perto, Tao irritantemente perto...
Perto o suficiente para determinar as suas próprias accoes, definir os seus passos (com aquele sorriso cromado de adolescente...).
E simultaneamente tão longe... Passeando-se nos braços de outro homem, sorrindo a laia de provocação...
Também To Jo se encontrava instável... Nem o seu corpo de deus grego, nem o seu abraço forte, nem toda a beleza emanada do seu metro e oitenta e seis de altura eram suficientes para Anabela...
De todas as noites mal dormidas, despendidas no acto de dar, de ceder, de atender a Anabela; To jo guardava lembranças queridas e ainda quentes...
Como explicar? Como foi To Jo confiar a sua sorte, a sua vida, a um sorriso cromado de adolescente?
E foi assim que, naquela madrugada, To Jo acordou enrolado no corpo de Anabela. Com um sentimento de vazio, de impotência, de descontrolo perante a sua vida, o seu futuro... Sobre si...
E ai decidiu! Não podia continuar a permitir que Anabela exercesse esse poder sobre a sua vida!
e assim, no meio de uma discussão acesa, inflamada de paixão e lágrimas que To Jo empurrou Anabela da varanda de sua própria casa.
Anabela sorriu... Ela mesma havia aceitado que aquela era a única solução... Estava finalmente livre... Finalmente feliz...

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